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terça-feira, 9 de junho de 2020

Pacifismo e Anti-Facismo falso dos Comunistas (Pacto entre Comunistas e Nazistas)

Retirado do livro:

O Mundo Soviético do Comunismo Americano
https://www.amazon.com/Soviet-World-American-Communism-Annals/dp/0300071507




página 75:

A "Lei da Neutralidade dos EUA" promulgada na década de 1930 previa que, em caso de guerra, os Estados Unidos impusessem um embargo às vendas de bens militares aos beligerantes. Na época, os antifascistas, [tanto da direita, quando da esquerda] estavam determinados a que a lei Americana diferenciasse entre agressor e vítima; eles não queriam ver os Estados Unidos se recusando a vender suprimentos militares para a próxima vítima da agressão de Hitler.

No parágrafo "a" do documento 15, o Commitern (Comitê Central Comunista da URSS) afirma que todos os beligerantes estão igualmente em falha: "quem começou a guerra não faz a menor diferença". O CPUSA (Partido Comunista dos EUA) imediatamente abandonou a insistência de que a "Lei da Neutralidade" diferenciasse os países que combatiam Hitler e propôs a revogação da disposição da nova lei de embargo.

[A esta altura da Guerra] a marinha britânica havia efetivamente cortado a Alemanha do comércio Americano, enquanto a Grã-Bretanha e a França podiam comprar produtos americanos normalmente. Esta situação fez a popularidade do presidente Roosevelt subir, pois permitiu aos Estados Unidos manter a neutralidade oficial enquanto na realidade funcionava como um aliado não beligerante da Grã-Bretanha e da França contra Hitler.




página 76

Antes do Pacto Nazista-Soviético, sindicatos de trabalhadores e grupos políticos com forte presença comunista se manifestavam entre os mais vocais defensores da reeleição do Roosevelt.

Após o pacto Nazista-Soviético, esses grupos inverteram o discurso. Os candidatos Comunistas apoiados pelo sindicato a cargos locais também estavam defendendo a recente invasão Soviética da Finlândia.




página 77-78:

Robert Minor, também, escreveu um discurso em defesa do Pacto Nazista-Soviético. Ele rejeitou a existência da Polônia, como simplesmente uma massa de terra com "fronteiras artificiais". Ele também citou Stálin, "o fascismo não é o problema", afirmou, em resposta à Alemanha de Hitler. Ao contrário, o vilão principal é "o imperialismo Britânico e Francês".

Minor profetizou que o pacto Nazista-Soviético "seria visto pelos séculos futuros como um grande marco na luta contra a guerra". O documento 16 ilustra outra forma pela qual a URSS instruiu o CPUSA a convencer proeminentes não-comunistas a escrever panfletos e fazer declarações em defesa do pacto Nazista-Soviético.




página 79:

Em 1941, o memorando do escritor Ross, "America is Worth Saving", um panfleto que argumentava que os Estados Unidos não tinham interesse nenhum no resultado da guerra entre Nazistas Alemães e a Grã-Bretanha e não deveriam intervir nem prestar ajuda aos países que lutam contra Hitler.

Ward e Lamont, dois dos mais proeminentes não comunistas também defenderam consistentemente o comunismo Soviético. Publicaram em 1939 afirmando que era uma "falsidade total" que a Alemanha Nazista e a Rússia soviética tinham algo em comum, cada um apoiava o pacto Nazista-Soviético sem reservas aparentes, porém.

Esta declaração foi uma resposta a uma carta pública de 1939 do Comitê para a Liberdade Cultural, uma organização de liberais e esquerdistas anticomunistas, que havia declarado Comunistas e Fascistas como inimigos da Democracia.



página 80:

Mary van Kleeck também aceitou o Pacto Nazi-Soviético desde o início. Van Kleeck condenou a assistência americana ao beligerante anti-Hitler, definiu o Pacto Nazista-Soviético como "uma nova base para a segurança coletiva da... Europa" e negou que as anexações Soviéticas da Estônia, Letônia e Lituânia foram atos de conquista; ao contrário, resultaram de "pactos de paz e cooperação econômica". Já Field, tinha assumido a tarefa de organizar a Mobilização pela Paz americana, a frente de pré-conflito adotada pelo CPUSA durante o período do Pacto Nazista-Soviético.

Field negou continuamente ser membro do partido até 1983, quando admitiu em sua autobiografia que era um espião Comunista secreto desde 1934.



sábado, 18 de janeiro de 2020

Quantos Stalin realmente assassinou?

"Calculo que o regime comunista, 1917-1987, matou cerca de 62.000.000 (62 milhões) de pessoas, cerca de 55.000.000 delas cidadãos. Stalin matou cerca de 43.000.000 (43 milhões) de cidadãos Soviéticos e estrangeiros"
Original: http://web.archive.org/web/20050507010707/http://freedomspeace.blogspot.com/2005/04/how-many-did-stalin-really-murder.html

Quantos Stalin realmente assassinou?


Primeiro de Maio está chegando, dia que costumava ser de celebração na União Soviética, com uma impressionante demonstração das armas e com um desfile infinitamente longo de soldados. Talvez seja apropriado prestar especial atenção, neste dia, ao custo humano do comunismo neste lar simbólico do Marxismo e em todo o mundo. O assunto deste blog é Stalin e a União Soviética. Vou postar mais sobre o custo total do Comunismo na próxima semana.

De longe, o número de consenso para aqueles que Joseph Stalin assassinou quando governou a União Soviética é de 20.000.000 (vinte milhões). Você provavelmente já se deparou com isso muitas vezes. Para ver quão numeroso é esse total, procure "Stalin" e "20 milhões" no Google e você obterá 38.800 links. Nem todos se contentam apenas com os 20.000.000. Alguns links tornarão esse o limite superior e outros o limite inferior de um intervalo. No entanto, praticamente ninguém que usa essa estimativa foi até a fonte, pois, se soubessem e soubessem algo sobre a história soviética, perceberiam que os 20.000.000 são uma estimativa grosseira do que provavelmente é o verdadeiro número.

A figura vem do livro de Robert Conquest, O Grande Terror: O Expurgo dos Anos 30 de Stalin (Macmillan, 1968). Em seu apêndice sobre números de vítimas, ele analisa várias estimativas daquelas que foram mortas sob Stalin e calcula que o número de execuções de 1936 a 1938 foi provavelmente de cerca de 1.000.000; que de 1936 a 1950, cerca de 12.000.000 morreram nos campos; e 3.500.000 morreram na coletivização de 1930-1936. No geral, ele conclui:
Assim, temos um número de 20 milhões de mortos, o que é quase certamente muito baixo e pode exigir um aumento de 50% ou mais, como o saldo devedor do regime de Stalin por 23 anos.
Em todas as vezes que eu vi os 20.000.000 de Conquest serem relatados, nem uma vez me lembro de ver também esta ressalva dele ligada a citação.

Considerando que Stalin morreu em 1953, observe o que a Conquest não incluiu

  • mortes em campos após 1950 e antes de 1936; 
  • execuções 1939-53; 
  • a vasta deportação dos povos das nações cativas para os campos e suas mortes 1939-1953; 
  • a deportação maciça dentro da União Soviética de minorias 1941-1944; e suas mortes; 
  • e aqueles que o Exército Vermelho Soviético e a polícia secreta executaram em toda a Europa Oriental após sua conquista durante 1944-1945 ser omitida. 
Brutal! Drawings from the Gulag.


Pictures from the book 
“Drawings from the GULAG” by Danzig Baldaev, 
a retired Soviet prison guard


32 Disturbing Photos Of Life Inside Soviet Gulag Prisons

Katyn Massacre
https://allthatsinteresting.com/soviet-gulag-photos

Além disso, é omitida a fome mortal ucraniana que Stalin impôs propositadamente à região e que matou 5 milhões em 1932-1934. Portanto, as estimativas da Conquest são irregulares e incompletas.

Holodomor: Stalin's Secret Genocide



Fiz uma visão abrangente das estimativas disponíveis, incluindo as de Conquest, e escrevi um livro, Lethal Politics , sobre o democídio Soviético para fornecer compreensão e contexto para minhas figuras.

Calculo que o regime comunista, 1917-1987, matou cerca de 62.000.000 (62 milhões) de pessoas, cerca de 55.000.000 delas cidadãos.

Quanto a Stalin, quando os buracos nas estimativas da Conquest são preenchidos, calculo que Stalin matou cerca de 43.000.000 (43 milhões) de cidadãos Soviéticos e estrangeiros, mais do que o dobro do total da Conquest. Portanto, a estimativa usual de 20 milhões de mortos no democídio soviético está bastante errada para o quanto matou a União Soviética, e até menos da metade do total que Stalin sozinho assassinou.

Mas, essas são todas estatísticas e difíceis de entender. Compare meu total de 62.000.000 para a União Soviética e 43.000.000 para Stalin com a morte da escravidão de 37.000.000 durante os séculos XVI e XIX; ou até a morte de 25.000.000 a 75.000.000 na Peste Negra (peste bubônica), 1347-1351, que despovoou a Europa.

Outra maneira de olhar para isso é que o risco anual de uma pessoa sob controle soviético ser assassinado pelo regime era de 1 em 222. Mas, compare - o risco anual de qualquer pessoa no mundo morrendo de guerra era de 1 em 5.556, de fumar um maço de cigarros por dia era de 1 em 278, de qualquer câncer era 1 em 357, ou para um americano morrer em um acidente de carro era 1 em 4.167.

Agora, devo perguntar, talvez com um toque inconsciente de indignação em minha voz, por que a quantidade de mortes pelo Marxismo é tão incrível e significativa em sua magnitude, totalmente desconhecida ou não apreciada em comparação com a importância dada à escravidão, mortes por câncer, mortes por acidentes de carro e em breve.

Especialmente, devo acrescentar novamente que, diferentemente do câncer, dos acidentes de automóvel e do fumo, essas mortes sob o marxismo na União Soviética foram intencionalmente causadas! Eles foram assassinados.

De qualquer forma, quando vir novamente o número de 20.000.000 de mortes de Stalin ou da União Soviética, duplique ou triplique-as em sua mente.

Pichação encontrada numa Universidade Brasileira


'Stalin matou pouco' | Lauro Jardim - O Globo

domingo, 14 de abril de 2019

Reunião do Republicano John McCain e do General Pinochet em 1986


Original:
https://file.wikileaks.org/file/mccain-pinochet-1986.pdf

"Membro do congresso John McCain numa reunião com o presidente Pinochet discutiu os perigos do Comunismo, um assunto pelo qual o Presidente parece obcecado. O Presidente descreveu também a recente história do Chile e a luta contra o Comunismo. e mostrou particular orgulho de que a ameaça Comunista foi totalmente eliminada no Chile. O Presidente também estressou que sempre estiveram sozinhos e reclamou da política exterior dos EUA que os deixou paralisados.

Del Valle, Ministro do Exterior Chileno, fez uma intervenção acalorada sobre a inabilidade dos EUA de entenderem a situação Chilena e como os EUA falharam em ajudar o Chile na luta contra a expansão Comunista.

Merino, funcionário do gabinete Chileno, comentou que as eleições de 1989 seriam livres e que a Junta Militar não apoiaria Pinochet, caso ele se candidatasse."

Original:



"Congressman John Mccain, [...] meeting with the President [Pinochet] [...] was discussing the dangers of Communism, a subject about which the President seems obsessed. The President described Chile's recent history in the fight against Communism, and displayed considerable pride in the fact that the Communist menace had been defeated in Chile. The President stressed that Chile had stood alone in this battle, and complained that United Staes foreign Policy had left them stranded."


"Congressman McCain [...] noted that Pinochet does seem obsessed with the threat of Communism. Del Valle [..] made rather heated remark about the inability of the USA to understand the Chilean situation, and our failure to support Chile in the fight against Communist expansion.

Well-known views on the importance of Chile in the battle to keep the sea lanes open, and the attempts by the Russians to gain a foot hold in the area. According to the congressman, wa Merino's statement that he and other members of the junta had recently told Pinochet that he should not expect any support from the junta if he should decide to be a candidate for presidente in 1989. Merino added that the 1989 elections would be a free and open..."


"choice between various candidates. He described the portion of the constitution calling for a single candidate plesbicite as being ridiculous and unsopportable. In response to the Congressman's question if Pinochet migh bt one of the presidential candidates in 1989, Merino stated that this would not be the case."

segunda-feira, 25 de março de 2019

Relatório ultra-secreto sobre o 31 de Março de 1964

Original:
https://stbnobrasil.com/pt/relatorio-ultra-secreto-sobre-o-31-de-marco-de-1964

Fragmento do livro:
Capítulo XX – 1963-1964 – O GOLPE: ANTES, DURANTE E DEPOIS.

Nos acervos de documentos do gabinete de Antonín Novotný, primeiro-secretário do Partido Comunista da Tchecoslováquia, existe uma análise elaborada para o Comitê Central com o título: “Motivos da vitória do golpe brasileiro e a situação atual”. Esta análise foi elaborada por um autor desconhecido, mas o fato de ter sido enviada à autoridade mais importante na Tchecoslováquia significa que foi o material com mais credibilidade na época. É certo que o autor tinha acesso tanto aos materiais da StB como a informações da embaixada e do partido comunista brasileiro. Provavelmente, foi redigi­do pelo agente Mané – Miroslav Štráfelda, correspondente da Agência de Imprensa Tchecoslovaca no Brasil, expulso do país em maio de 1964. Era comum a prática de correspondentes das mídias comunistas escreverem textos especiais destinados apenas a leitores selecionados — para a diretoria do partido, diretoria da agência de imprensa ou do jornal para o qual tra­balhavam – com informações objetivas que, obviamente, não chegavam à opinião pública. É esse também o caso de “Motivos da vitória do golpe brasileiro…”.

Antonín Novotný, Primeiro-Secretário do Partido Comunista da Tchecoslováquia de 1957/1968, e Nikita Khrushchov, Primeiro-Secretário do Partido Comunista da União Soviética de 1953/1964.

Arquivo Nacional da República Tcheca.

O documento era ultra-secreto, destinado somente à elite partidária. O estilo — quase literário — no qual foi escrito, em 9 de junho de 1964, parece confirmar a hipótese sobre o autor, assim como alguns fragmentos do material, em que o tal cor­respondente é citado de maneira sugestiva. No segundo período do texto, podemos ler as seguintes palavras dramáticas:

“Praticamente sem nenhum disparo (…), sem qualquer tipo de manifestação da vontade do povo, Goulart, juntamente com toda a esquerda brasileira, foi nocauteado em um prazo de 24 horas. Igualmente rápidos e surpreendentes foram o contra-ataque, as perseguições e a liquidação de tudo o que era, pelo menos, levemente esquerdista…”.

Entre os motivos mais importantes do desenrolar destes acontecimentos, o autor inclui:

A “Hesitação típica de Goulart e a sua incapacidade de levar as coisas até o fim”, são seguidas pela descrição da reação da imprensa “(…) Em vez de uma ordem imediata para a luta, em vez de conduzir o povo trabalhador para as ruas e convocar um levante nacional, em vez de armar os trabalhadores imediatamente, a rádio do governo, até quando ali apareceram alguns oficiais e bateram no locu­tor, transmitia somente juramentos patéticos de lealdade a Goulart, o que não ajudou em nada o confronto contra as bazucas e tanques dos oficiais”. Em vez de irem à luta, os trabalhadores jogavam bola, acreditando que Goulart resolveria tudo por eles. Na opinião do autor da análi­se, esta imprudência foi uma característica de todos — inclusive dos ativistas partidários.
Houve uma confusão entre duas atitudes diferentes. Uma coisa era o sentimento das massas — claramente esquer­dista — e outra era a verdadeira vontade e organização para a luta. Ele também culpa o partido comunista por esse equívoco, e calcula que as maiores manifestações da esquerda, em um Rio de Janeiro com 3.6 milhões de habi­tantes, reuniram no máximo 10 mil pessoas – foi o caso da manifestação de 1º de maio de 1963. Ao escrever o traba­lho, anotou com ironia que várias vezes havia visto pique­tes da esquerda em que a tribuna com os ativistas era mais numerosa do que as pessoas reunidas diante dela.

A base da falência da esquerda foi a sua falta de orga­nização. “Não se podia sequer falar em derrota, pois a derrota pressupõe uma luta, e no Brasil houve so­mente uma tomada pacífica de poder pela direita”. O regime de Goulart garantia liberdade para os dois la­dos, e a esquerda (PCB, UNE, CGT, frente parlamentar nacionalista, Ligas Camponesas e Brizola), que tinha pos­sibilidades de se organizar e tinha o apoio silencioso do governo, brigava entre si pelo posto de liderança em vez de fazer um trabalho efetivo de organização. Um exem­plo da indisciplina fundamental é nenhuma reunião par­tidária começar no horário marcado. O atraso costumava ser de duas horas: metade das pessoas já haviam saído, enquanto a outra metade estava chegando. Essa estava longe de ser a mesma capacidade de organização do Par­tido Comunista da Tchecoslováquia, que, em fevereiro de 1948, efetuou o golpe de estado com bravura.

O “deslocamento militar de forças” falhou. Goulart su­bestimou o papel dos oficiais nas forças armadas, e, atra­vés de sua atitude pouco decisiva, fez que as forças arma­das também não ficassem a seu lado de forma decisiva.

Além desses quatro pontos, o autor do relatório também fez referência às possíveis influências externas:

“No exílio, Goulart disse que as influências estrangeiras cumpriram um papel decisivo. Eu acho que essa é uma desculpa barata para ele e para a esquerda, mesmo que o tema certamente existisse. As condições externas sempre agem através das internas. Caso — assim como os informantes nos garantiam o tempo todo — uma massa de 40 milhões de brasileiros levantasse para a luta, os truques diplomáticos do exterior não serviriam de nada. Dizem que, nos dias críticos, funcionários da embaixada americana caminharam pelas ruas e ofereceram aos oficiais maços de dezenas de milhares de dólares para que passassem para o lado da reação. Talvez tenham sido feitos outros movimentos mais elaborados, sobre as quais ainda não se sabe. Mas é fato que os motivos principais devem ser procurados na situação interna”.


Carlos Lacerda na defesa do Palácio da Guanabara durante o 31 de Março.

A falta de decisão e de vontade para a luta são também descritas no seguinte fragmento:

“Enquanto o governador Lacerda construiu uma barricada em seu palácio com a ajuda de veículos para transportar lixo e com dois revólveres e uma pistola automática, permanecendo ali com a sua Secretária de Serviços Sociais, Sandra Cavalcanti, durante 52 horas, a fortaleza-chave Copacabana, leal a Goulart, foi conquistada da seguinte maneira: aproximadamente às 15 horas chegou ali, de Volkswagen, um sub-coronel, sozinho. Desceu do carro com um revólver na mão esquerda, com a direita deu um tapa no rosto do soldado que estava de guarda, entrou, entendeu-se com os oficiais e… a fortaleza caiu. Este foi um sinal para os oficiais do I Exército, para que passassem para o lado da contra-revolução”.

Na parte seguinte do relatório existe uma observação referente à estrutura do novo governo, que naquele momento ainda não estava completamente estabelecida. O autor incluiu entre os inspiradores do golpe o governador Magalhães Pinto (Minas Gerais), e não falou muito bem da polícia, que começou a perseguir a oposição de esquerda. Um acontecimento exem­plifica a incapacidade dos policiais:

Livro Em Cima da Hora, traduzido por Carlos Lacerda.

“A polícia política é composta de analfabetos políticos! Em 30 de abril foi preso Ribeiro, um vendedor de livros do Rio de Janeiro, porque tinha em sua loja um livro anti-soviético chamado: Em cima da hora, traduzido pelo próprio Lacerda. Ele foi preso porque na capa do livro havia o martelo e a foice”.

Vladimír Petrilák


Relatório sobre o Golpe Militar de 09/06/01964 (1ª folha). Arquivo Nacional da República Tcheca, nº do acervo: 1261/0/44, Partido Comunista da Tchecoslováquia – Comitê Central – Gabinete do primeiro secretário do comitê central do partido comunista da Tchecoslováquia.














quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Bella Dodd explica as trapaças Comunistas




https://www.youtube.com/watch?v=VLHNz2YMnRY

Durante aqueles anos em que fui Comunista, infelizmente, fui o tipo de pessoa que foi movida e impelida pelo movimento Comunista pois acreditei que eles estavam realmente interessados em melhorar as condições da classe trabalhadora.

Sendo uma Cristã, ainda tinha aquele resíduo do desejo Cristão de melhorar as condições e de ajudar meus companheiros, porém eu estava totalmente perdido sobre o modo correto de fazer isto.

Existe um modo correto e um modo errado de fazer isto, e o que os Comunistas estão fazendo por todo o mundo é apelando para as conscências Cristãs, para as consciências daqueles que acreditam na luz esperitual. Eles estão apelando a estas consciências e estão apontando para o mal da existência e dizendo, "olhem, é por causa do Cristianismo, é por causa da busca de vida espiritual que estas coisas existem. O que vocês precisam é de um sinal de [alívio], e nós lhe daremos isto."

"Em outras palavras, eles denigrem aquelas coisas que nos tornam fortes.

Assim, em 1932, quando me tornei uma Comunista, pude ver apenas o mal que existia, eu via aquelas filas de pessoas pobres, eu via aquelas filas de pessoas esperando por um pão, por causa da depressão. Eu vivi todos os anos da depressão. Eu era um jovem mulher vivendo na depressão e meu coração era gigante. Minha cabeça, infelizmente, não foi bem treinada, e eu falhei em entender o mal com quem me associei..."

"Ah! Existem dois aspectos da vida que os Comunistas tomam para si. O primeiro é o controle do dinheiro, o segundo é o controle das palavras, da linguagem. Eles são rápidos em tomarem para si todas as palavras bonitas, toda a linguagem do mundo Cristão. Eles tomam para si e dão novas conotações, de modo que quando eles falando ao mundo, a conotação Comunista é compreendida pelos seus seguidores, já para os ouvidos comuns soa como as belas coisas que nós deveríamos estar falando."

"Em 1944 ocorreu a convenção nacional do Partido Comunista, quando fui eleita publicamente pelo Comitê Nacional nos Jardins do Madison Square. Durante aquela convenção, haviam várias pessoas que vieram de todas as partes dos Estados Unidos. Num dos eventos sociais que participei, um jantar dado pelo Alexander Trachtenberg, um conhecido socialista, graduado em Yale, milionário, que era o chefe das empresas relacionadas a impreensa dos Comunistas. Alexander Trachtenberg comeu e bebeu com toda a elite intelectual do Partido naquela noite."

"Quem tínhamos lá, naquela noite? Tínhamos homens e mulheres que faziam parte da "Câmara dos Deputados Estaduais", mais de 100 homens e mulheres que eram membros da Câmara de diversos Estados, desde Washington até Nova Iorque. Eles não foram eleitos pelo Partido Comunista, eles foram eleito como Republicanos, como Democratas, utilizando a bandeira do Partido Trabalhista-Agricultor, do Partido Trabalhista. Ou seja, eram todos eleitos por outros partidos, sob outras bandeiras, mas eram todos [fiéis] Comunistas."

"Nós tínhamos professores lá, tínhamos também economistas, e na noite que Trachtenberg palestrou; eu gostaria de compartilhar aqui com vocês uma das suas mélhores "pérolas" daquela noite. Pois ela é muito importante, vocês já a conhecem, mas gostaria de reforça-la em vocês, ele disse."

"Trachtenberg: Quando nós tomarmos os Estados Unidos, não o tomaremos sob o nome de Comunismo; não o tomaremos sob o nome de Socialismo. Estes nomes são extremamente desagradáveis para o povo Americano, e já foram completamente destruídos. Nós tomaremos os Estados Unidos utilizando os nomes que nós mesmo tornamos amáveis; nós tomaremos utilizando os nomes de liberalismo, progressismo e democracia. Não importa qual, porém que nós venceremos."

"Eu digo isto para vocês não porque queira sujar as palavras "liberalismo" ou "progressismo" ou até mesmo "democracia". Estas são palavras inteiramenta aceitáveis em si mesmo, se você sabe quais são seus significados reais. Porém, os Comunistas as usam  para esconder a concepção Marxista da vida. E são estes usos que vocês devem se preocupar. Devem se preocupar quando tentam lhe vender estes significados. Nós tendemos a aceitar estes nomes e dar a eles os significados que nós queremos. A palavra "paz", por exemplo, para os Comunistas significa nada além da vitória do Socialismo."

"Deixa me explicar para vocês como a conspiração Comunista age sob diversos nomes. Quando entrei para o Partido Comunista, pensei que o movimento era uma coisa monolítica, como por exemplo, um comitê de uma cidade, um comitê local, ou até mesmo um comitê nacional, eu realmente achei que era assim. Porém tive que aprender pelo modo mais difícil que o movimento Comunista e a sua conspiração opera através de várias organizações diferentes, todas utilizando nomes diferentes. Desde de que a teoria Comunista, de chegar onde é desejado através do conflito, esteja progredindo. O importante é criar conflitos."

"Eles vão constantemente criar uma organização com o único propósito de gerar conflitos. Se conflitos não surgem naturalmente, eles irão gerar o conflito, e gerar de certo modo que force a opinião pública a crer que a única solução possível é ir mais para a esquerda, em direção ao Comunismo. Assim, quando estava no Sindicato dos Professores tínhamos Comunistas, tínhamos Socialistas, tínhamos todos os tipos de subdivisões possíveis, e pensei "nossa! como este povo vive brigando entre si". Alguns dias eles estavam brigavam entre si, noutros já estavam se abraçando, porém sempre achei que eles eram genuinamente movimentos separados."

"Meio do que do nada, já nos meus últimos dias no Partido, percebi que na verdade estes movimentos separados eram todos controlados a partir de um centro, eles eram atiçados por este mesmo centro, quando queriam criar algum conflito e confusão. Eles nunca criam conflitos e confusões de modo que a saída seja à direita, eles sempre vão criar o conflito de modo que o movimento mais a esquerda seja a oposição e que todo mundo seja forçado a ir mais para a esquerda."

"Eles sempre controlam ambos os lados, porém sempre dirão que estão lutando contra o Fascismo, "somos contra o Fascismo!", eles gritam. Somos Comunistas mas somos contra o Fascismo. Assim as idéias dadas como soluções irão sempre cair no colo deles. Eles sempre lhe dão narrativas falsas."

 "Ah... Quando entrei para o Partido Comunista, esta é outra coisa que devem se lembrar, um monte de gente me perguntou "onde está, então, a sua carteirinha de membro?". Eles acham que a carteirinha é uma coisa importante. Meu queridos amigos, é melhor pararem de pensar desta maneira. Se uma pessoa age como um pato, se ele nada como um pato e se grasna como um pato, então ele é um pato!"

"Não percam tempo procurando a carteirinha do partido. Ah... Eu nunca tive uma carteirinha do partido, por uma razão muito simples, eu era extremamente valiosa para o Partido Comunista. Eu era uma professora, estava dentro da Universidade, eu me movia facilmente entre os professores, entre os pais dos alunos, sem a carteirinha eu podia tranquilamente dizer que não era do Partido Comunista. Porém, eu lembro que dos líderes do Partido Comunista: alguns eu mesmo direcionei, para alguns eu me reportei, e de alguns eu recebi instruções de como continuar minhas operações."

"No décadas de 1920 e 1930, eu pessoalmente coloquei mais de 1100 homens dentro do clero para enfraquecer a Igreja Católica desde de dentro. A idéia era que estes homens seriam ordenados e progrediriam a posições de influência e autoridade como Monsenhores e Bispos... Agora mesmo eles estão nas mais altas posições, de onde trabalham diariamente para mudar e enfraquecer a efetividade da Igreja Católica contra o Comunismo. Estas mudanças serão tão drásticas que vocês não mais reconhecerão a Igreja Católica. De todas as religiões, a Igreja Católica era a mais temida pelos Comunistas, pois era o seu mais efetivo oponente..."

"A idéia era destruir, não a instituição da Igreja, mas sim a fé do povo, e ainda por cima usar a instituição da Igreja para, se possível, promover uma pseudo-religião. Alguma mescla que lembre um Catolicismo, mas não é o Catolicismo real. Assim que a fé fosse totalmente destruída, uma crise de culpa seria introduzida na Igreja... um dos passos seria colar a pecha que a "Igreja do passado" era opressora, autoritária, cheia de preconceitos, totalmente arrogante em proclamar que era a única dona da verdade, e ainda por cima era a responsável pela divião dos corpos religiosos ao longo dos séculos. Isto necessariamente seria utilizado para envergonhar os líderes da igreja e força-los a "abrir-se ao mundo" e ter uma atitude mais flexível em relação as outras religiões e filosofias. Os Comunistas iriam então explorar esta abertura para abalar a Igreja."

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Desinformação: A Estratégia Secreta para Destruir o Ocidente


Neste documentário do oficial Soviético com patente mais alta a desertar o bloco comunista para o Ocidente, você vai descobrir:
  • Como destruir a reputação de bons líderes mundiais se tornou uma ciência e até mesmo uma arte para os Soviéticos;
  • Como o Papa Pio XII, que a duas gerações atrás era o líder cristão mais popular e que pessoalmente salvou incontáveis judeus do Holocausto Nacional Socialista Alemão, foi transformado, pela mágica da desinformação, num nazista;
  • Como o Cristianismo e o Judaísmo têm sido alvo de constantes degradações e difamações através de uma constante campanha de desinformação;
  • Como o bloco Soviético plantou 4.000 agentes de influência no mundo Islâmico, armados com centenas de milhares de cópias do livro anti-semita mais famoso da história, e reacendeu a extinta chama de ódio contra os EUA e Israel, que até hoje geram violência contra os cristãos e judeus;
  • Como ataques difamatórios feitos por soldados Americanos, John Kerry e John McCain entre eles, feitos perante o Congresso quando retornaram do Vietnã (todos devidamente refutados hoje em dia) são idênticos às campanhas de desinformação da KGB que visam jogar os Americanos contra os seus líderes;
  • Como instituições globais supostamente respeitáveis, como o Conselho Mundial de Igrejas (World Council of Churches), são infiltradas e controladas pela inteligência Russa;
  • Como o bloco soviético fez com o mundo inteiro acreditasse que o assassinato do presidente John F. Kennedy foi armado pelo governo Americano;
  • Como a União Soviético se tornou a primeira ditadura secreta da história;
  • Como toda a desinformação continua ativa, especialmente no governo Obama, agora se utilizando da estrutura escondida que ele controla em Washington, para a contínua transformação social dos EUA.
Ambos vídeos foram legendados para Português.

Desinformação: A Estratégia Secreta para Destruir o Ocidente - Parte 1




Desinformação: A Estratégia Secreta para Destruir o Ocidente - Parte 2


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

World Thought Police - Capítulo 1 - Contexto Histórico

Por favor, avisem-me de qualquer erro de tradução ou de portugûes.

Ver demais capítulos.
Ver pdf completo com as últimas atualizações.

World Thought Police - Capítulo 1 - Contexto Histórico

Press Agency Novosti, ou APN, (Novosti que curiosamente significa notícia em russo) foi fundada em 1961 como uma agência “independente, não governamental”, praticamente como uma organização virgem¹², o quê é, em si, totalmente desprovido de sentido em um país onde tudo, desde os satélites Sputniks¹³ até os banheiros, pertencem ao povo, ou seja, são controlados pelo Estado. Os prospectos da Novosti dizem que a APN “é uma agência de informação das organizações públicas Soviéticas... facilitando de todas as formas a promoção e consolidação de maneira internacional do conhecimento, confiança e amizade, circulando EM TODOS OS LADOS¹⁴ a verdadeira informação sobre a União Soviética e informando os Soviéticos da vida de outros povos...”


Desde o primeiro segundo da sua fundação, a APN foi subordinada, de fato, a dois chefes: Department of Agitation and Propaganda of the Central Committee of the CPSU (Agitprop) ( Departamento de Agitação e Propaganda do Comitê Cental do Partido Comunista da União Soviética) e o Department of Disinformation of the KGB (Departamento de Desinformação da KGB), com o propósito de planejar, coordenar e conduzir medidas ativas¹⁴ contra o público e o governo em países não-Soviéticos (não controlados pela União Soviética e seus vizinhos), principalmente pela imprensa destes países. Os alvos da manipulação da APN-KGB também incluem organizações públicas e políticas, grupos religiosos, sistemas educacionais, a indústria do entretenimento (cinema, TV, companhias de promoção de troca de cultura¹⁵ etc...), assim como indivíduos: políticos, membros do parlamento, burocráticos dos serviços sociais, líderes e ativistas dos sindicatos, empresários, publicitários, intelectuais (professores universitários, escritores, cientistas) - ou seja, todo mundo que tem a capacidade de influenciar outras pessoas, de modelar a opinião pública e policiar as atitudes e as decisões tomadas a nível da nação.

Propaganda do Marxismo-Leninismo (ou as “vantagens” do Socialismo e da economia planejada) e a denuncia do “Decadente Imperialismo Ocidental” são apenas uma pequena parte das atividades da Novosti. Quando da fundação da Novosti, a era pós-Stalin, demandava novos métodos e abordagens. Ataques frontais a ideologia Ocidental se provaram ineficiente e até contra-produtivos, especialmente no Terceiro Mundo: Ásia, África e América Latina. A idade moderna das comunicações obrigaram a uma maneira mais sofisticada de moldar a opinião pública fora da URSS. A sub-versão a curto-prazo de algumas personalidades chaves deveria ser combinada com uma subversão a longo-prazo, porém de maneira mais efetiva e que criasse, de maneira irreversível, uma mudança no processo de percepção da realidade de milhões de votantes em sociedades pluralistas.

Sobre o comando de Yuri Andropov, a nova geração de especialistas das relações públicas da KGB começou a emergir: altamente educados e treinados, graduados nas escolas Soviéticas, falando fluentemente duas ou mais línguas, entendidos de história, literatura, religião, estilo de vida e estrutura política-social dos países alvos.

Esse foi o tempo na nova “linha geral” da CPSU-CC (Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética). Um novo clichê da propaganda foi criada – um “terceiro modo” de desenvolvimento das colônias ocidentais em formação (não-comunistas, porém ainda não capitalistas, porém com certeza “anti-imperialistas”, principalmente num estilo de desenvolvimento anti-americano). A implementação desta politica requeria milhares de profissionais de jornalismo, bem treinados no estilo ocidental de jornalismo e no processamento das informações e na apresentação das opiniões da maneira mais emocional possível, apelando sempre para os instintos mais primitivos do homem: medo (da guerra nuclear e/ou da confrontação com a URSS), autopreservação (você preferiria viver em sociedade “cruel, poluída onde só o lucro interessa” ou em uma sociedade “cientificamente planejada, racional, sem poluição onde a riqueza está totalmente distribuída”) e o amor (das crianças, da família, da paz, dos amigos, dos irmãos de classe e raça e etc...) .

Naquela época os ideólogos e especialistas da CPSU-CC tinham trabalhado numa nova linha de operações da KGB que mais tarde foi chamada de “medidas ativas”. Essas medidas tinham muito pouco a ver com a clássica e romanceada concepção de espionagem da época do Stalin. Fontes confiáveis estimam que a espionagem clássica (estilo James Bond) correspondiam a mais ou menos 15% ou 20% do tempo, do dinheiro e da força de trabalho da KGB. Os 80% restantes eram direcionados a criação de um clima ideológico nos países alvos que permitia que os agentes de influência Soviéticos simplesmente comprassem (ou pegassem) os dados da inteligência local de maneira legítima e aparente.

O real objetivo da nova política de atividade da Novosti não é aprender os segredos do adversário, e nem mesmo ensinar as massas do ocidente o espírito da ideologia do Marxismo-Leninismo, mas sim substituir vagarosamente a sociedade de livre-mercado capitalista, com sua liberdade individual na economia e na esfera politico-social – com uma cópia do sistema “mais progressivo” e eventualmente formar um sistema mundial controlado por uma burocracia benevolente que eles chamam de Socialismo (ou Comunismo, como o estágio supremo deste “progresso”).

Para efetuar esta mudança gradual, é muito mais fácil e bem menos doloroso (e menos perceptível para a população) mudar a percepção da realidade, as atitudes, os padrões de comportamento e criar várias demandas e expectativas, levando assim a aceitação do totalitarismo¹⁶. Assim a imprensa é o principal alvo da manipulação da manipulada-independente-não-governamental organização pública Novosti.

[TRADUÇÃO INTERROMPIDA]

11 Um personagem do romance 1984 que representa a burocracia totalitária que controla totalmente seus cidadãos a ponto de poder vê-los em uma TV, sempre lembrado-os da propaganda estatal “O Big Brother está o vendo”
12 No original: grass'root. Significa algo totalmente não adaptado, modificado.
13 Satélites robôs Soviéticos. O Sputnik 1 foi o primeiro objeto feito pelo homem enviado a órbita terrestre, isso em 1957. Sputnik em russo significa literalmente satélite.
14 Grifo do Tomas.
15 No original:cultural exchange. Aqueles programas onde um pessoa vai morar com uma família em outro país, absorvendo assim a cultura do páis.
16 Quanto a criação de demandas e se aproveitar do caos criado ver: “Cloward-Piven Strategy”

World Thought Police - Traduzido para Portugês





World Thought Police

Tomas Schuman/Yuri Bezmenov

Polícia Mundial dos Pensamentos

Tomas Schuman/Yuri Bezmenov

Introdução
Capítulo 2. Structure and Functions
Capítulo 3. P.R. Men — The Friendly Mind-Benders
Capítulo 4. Novosti cadres
Capítulo 5. Party Line of Novosti
Capítulo 6. Novosti's Connection with the KGB
Capítulo 7. The vicious Circle of Untruth
Capítulo 8. Homemade Propaganda
Capítulo 9. Novosti Space Bluff
Capítulo 10. Human Interest Propaganda
Capítulo 11. Indo-Soviet Friendship: My Cup of Tea
Capítulo 12. Collaborators: Who Are They?
Capítulo 13. Foreign Press Collaborators
Capítulo 14. Services and Pay
Capítulo 15. Overt and Legitimate Operations
Capítulo 16. Covert & Illegitimate Active Measures
Capítulo 17. Pentagon's Gun Fodder or America's Conscience?

PDF Completo com as últimas atualizações:


Ver também:

Entrevista do Tomas em 1983 (em inglês):




Versão com legendas em Portugês

0:00:21 
Entrevista em forma de documentário em 1984 para G. Edward Griffin. Legendas por David Carvalho. 

Palestrada dada em uma universidade de Los Angeles em 1983, também legendada e editada por David Carvalho.

Anexo da palestra anterior, autoria desconhecida. 

Vídeo curto didático feito pelo Zé Oswaldo estabelecendo um comparativo paralelo entre trechos da palestra e elementos da realidade brasileira atual.





Livro Original em inglês

https://archive.org/details/BezmenovWorldThoughtPolice1986

sábado, 11 de fevereiro de 2012

As guerras não são "os maiores assassinos do século XX"

Publicado no "The Wall Street Journal" em 7 de Julho de 1986.
Este texto foi baseado num estudo piloto que subestima em mais ou menos 42% os resultados finais.

http://www.hawaii.edu/powerkills/WSJ.ART.HTM

As guerras não são "os maiores assassinos do século XX"
por R.J. Rummel

O século XX foi conhecido por suas guerras absolutas e sanguinolentas. A Primeira Guerra Mundial viu mais de nove milhões de pessoas morrerem em batalhas, um incrível recorde que foi ultrapassado décadas depois pelos 15 milhões de mortos ao fim da Segunda Guerra Mundial. No século XX até mesmo o número de mortos por revoluções e guerra civis chegou ao seu nível histório. No total, as batalhas deste século, contando todas as guerras internacionais e domésticas, revoluções e conflitos violentos, mataram 35.654.000 pessoas.

Apesar desta vasta quantidade de mortes em guerras durante o periodo de vida de algumas pessoas que ainda estão vivas, o mais inacreditável é o seguinte fato: a quantidade de mortos nesse século por governos absolutistas ultrapassa em muito a quantidade de mortos em todas as guerras, domésticas e internacionais. Na verdade, este número já se aproxima do que poderia ser morto numa possível guerra nuclear.

A Tabela 1 sumariza os totais relevantes e classifica pelo tipo de governo (seguindo a definição da Freedom House) e guerra. Ser morto por um governo significa qualquer assassinato por um agente governamental, diretamente ou indiretamente, ou ser morto com a conivência do governo. Porém, foi contabilizado apenas quando o número de mortos ultrapassa a casa das 1.000 pessoas, exceto execuções, que são consideradas atos criminais (assassinato, estupro, espionagem, traição etc...). Estas mortes são tratadas aparte da jornada de ações e campanhas militares, ou como parte de algum conflito. Por exemplo, os Judeus que Hitler devastou durante a Segunda Guerra Mundial seriam contabilizadas porque foram sistematicamente mortos e sem nenhuma relação com o conflito da Segunda Guerra Mundial.

Os totais da tabela são baseados num levantamento nação à nação e são absolutamentos as estimativas mais baixas possíveis, o que pode menosprezar por mais ou menos 10% ou até mais o valor real. Mesmo assim, essa estimativa não leva em consideração as penúrias de 1921-1922 e 1958-1961 da União Soviética e da China que causaram 4 milhões e 27 milhões de mortes cada uma. A penúria soviética foi causada principalmente pela imposição de um política econômica agricultural, confiscações forçadas de comida e campanhas de liquidações dos Chekas; a chinesa foi causada inteiramente pela destrutiva política do Mao conhecida como o "Grande Salto para Frente" e sua estratégia de coletivização.

Apesar disso, a tabela 1 inclui a fome generalizada planejada e administrada pelo governo Soviético na Ucrânia em 1932 como uma forma de quebrar a oposição e destruir o coletivismo Ucraniâno. Como aproximadamente uns 10 milhões de pessoas morreram de fome ou morreram por doenças relacionadas a fome, eu estimo que 8 milhões de pessoas morreram neste caso. Se tivessem sidos todos mortas com um tiro, o governo Soviético não poderia ter sido mais responsável moralmente pela tragédia.

A tabela lista 831 mil pessoas mortas pelas democracias livres, o que deve alarmar a maioria dos leitores. Essa estimativa envolve o massacre Francês na Algeria antes e durante a Guerra da Algéria (no mínimo 36 mil mortos) e todos aqueles mortos depois de terem sido repatriados para os Soviéticos pela Aliança Democrática durante e depois da Segunda Guerra Mundial.

É revoltante saber que por diversas vezes - e até mesmo ultrapassando o zelo pelo Acordo de Yalta assinado por Stalin - Churchill e Roosevelt, a Aliança Democrata, particularmente a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, devolveram aos Soviéticos mais de 2.250.000 cidadões, prisioneiros de guerra e exilados Russos (que não eram cidadões Soviéticos) encontrados nas zonas da Aliança por toda a Europa. A maioria dessas pessoas estava aterrorizada com as consequencias de ser repatriado e se recusou a cooperar; normalmente a família por completa comitia suicídio. Dos repatriados, estima-se que 795.000 foram executados ou morreram em campos de trabalho forçado (escravidão) ou a caminho deles.

Se um governo deve ser responsável pelos seus prisioneiros que morreram sendo carregados ou em campos de escravidão, certamente os governos democráticos que jogaram pessoas indefesas nas mãos de ditadores totalitários e que conhecia o perigo disto, devem ser responsabilizados por estes atos.

Sobre as estatísticas de mortalidade que são mostradas nesta tabela, é realmente triste que centenas de milhares de pessoas possam ser mortas pelos governos sem que seja gerado nem um murmurinho sequer, enquanto uma guerra que mata algumas milhares de pessoas cause um imediato clamor mundial e uma reação global. Contraste a atenção internacional para a relativamente pequena guerra nas Ilhas Falkland entre Inglaterra e Argentina com a total falta de interesse: no assassinato dos Burundis; ou com o interesse na morte de mais de 100.000 Hutus em 1972; ou então com o interesse da Indonésia massacrando 600.000 comunistas em 1965; ou então do Paquistão, em um bem planejado massacre, matando algo entre um e três milhoes de Bengalês em 1971.

Um exemplo digno de nota e muito mais sensível desta hipocrisia é a Guerra do Vietnã. A comunidade internacional ficou indignada com a tentativa Americana de prevenir que o Vietnã do Norte tomasse controle do Vietnã do Sul e depois do Laos e da Cambódia. "Pare a Matança" era o grito. A pressão da oposição, tanto interna quanto externa (em relação aos EUA), forçou a retirada das tropas Americanas. A quantidade de mortos na Guerra do Vietnã, nos dois lados, foi de mais ou menos 1.216.000 pessoas.


Com a subsequente recusa dos Estados Unidos de ajudar, mesmo modestamente, o Vietnã do Sul foi derrotado militarmente e totalmente engolido pelo Vietnã do Norte; a Cambódia foi tomada pelos comunistas do Khrmer Vermelho, que tentando recriar um comunismo primitivo sobre uma sociedade agrária dilaceraram algo entre um e três milhões de Cambojanos. Se pegarmos a média de 2.000.000 como a melhor estimativa, então em quatro anos o governo deste pequena nação de sete milhões de pessoas, sozinho matou 164% o que a guerra de dez anos no Vietnã matou.
No geral, a melhor estimativa dos mortos depois da Guerra do Vietnã pelos comunistas somando o Vietnã, Laos e Camboja é de 2.270.000. Ou seja, totalizando o dobro dos que morreram na Guerra do Vietnã, porém a matança comunista ainda continua.


Para ver esta hipocrisia por uma outra perspectiva, ambas Guerras Mundiais custaram vinte e quatro milhões de vidas em batalha. Porém, entre 1918 e 1953, o governo Soviético executou, dilacerou, esfomiou, torturou até a morte ou matou de forma geral 39.500.00 pessoas do seu próprio povo (minha melhor estimativa entre 20 milhões mortos somente pelo Stalin até um total de 83 milhões por todo o período comunista). Para a China sob o comando de Mao Tse-Tung, o governo comunista eliminou, mais ou menos 45.000.000 de chineses. O número de apenas estas duas nações é mais ou menos 84.500.000 de seres humanos, ou 352% mais mortes do que as duas Guerras Mundiais juntas. Ainda assim, têm os intelectuais pelo mundo mostrado o mesmo horror, a mesma raiva, a mesma quantidade torrencial de escritos pacifistas contra os mega-assassinos governos da União Soviética e da China?

Como pode ser visto na Tabela 1, governos comunistas são, em geral, quatro vezes mais letais para seus cidadões do que governos não comunistas, e numa relação per capita são praticamente duas vezes mais letais (mesmo considerando as imensas populações da Rússia e da China).
Porém, mesmo sendo enorme taxa per capita dos países comunistas, ela fica muito próxima de outros governos não-livres. Isso se deve ao fato dos massacres e da matança generalizada no pequeno país do Timer Leste, onde desde de 1975 a Indonésia eliminou (além da guerrilha e sua violência associada) mais ou menos 100.000 Timerenses, numa população de apenas 600.000 pessoas. Retirando apenas este pequeno país a taxa dos países não-livres e não-comunistas cai para 397 por 10.000, ou seja, muito menos do que os 477 por 10.000 dos governos comunistas.
Em todo caso, ainda podemos ver pela tabela que quanto mais livre é uma nação, menos pessoas são mortas pelo governo. As liberdades previnem o uso do poder pela elite governamental para aspirar suas políticas e garantir seu comando.


Este princípio aparamente foi violado nos dois casos supra-citados. Um foi o governo Francês que causou uma matança generalizada na sua colonia Algéria, onde comparados com os franceses, os algerianos eram cidadões de segunda classe, sem direito de voto nas eleições fancesas. No outro caso a Aliança Democrática durante e depois da segunda guerra mundial, de maneira secreta, devolveu diversos estrangeiros para os governos comunistas. Estes estrangeiros, claro, por serem estrangeiros não tinham nenhum direito como cidadões que os protegiam nas democracias. Porém não encontrei nenhum caso de governos democráticos que praticaram massacres, genocídios ou execuções em massa dos seus próprios cidadões; nem encontrei nenhum caso de uma política governamental que tenha causado de maneira conhecida e direta a more em larga escala da população por privação, tortura, espancamento etc...

Absolutismo não é somente muito mais mortal que guerras, como é a maior causa de guerras e outras formas de conflitos. É a maior causa da corrida armamentista. Na verdade, absolutismo, e não guerra, é o flagelo mais mortal criados pela humanidade.
Sabendo disto, a corrida e o estímulo por liberdades civis e direitos políticos de maneira pacífica e sem violência deve ser o nosso maior objetivo. Não somente pela maior felicidade, não somente para obedecer o imperativo moral dos direitos individuais, não somente pela superior eficiência e produtividade de uma sociedade livre, porém também e principalmente para preserver a paz e a vida.
TABELA 1