segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Facção do Rio tem parceria com maior grupo guerrilheiro da América Latina para viabilizar tráfico

A parceria entre guerrilheiros de esquerda e o Comando Vermelho


“O maior grupo guerrilheiro armado da América Latina, o Exército de Libertação Nacional, tem parceria com a maior facção criminosa do Rio de Janeiro, com objetivo de viabilizar o tráfico de drogas e fazer com que cocaína chegue a Manaus”.

A informação, segundo O Globo, foi transmitida pelo comandante do Exército colombiano, general Nicácio Martínez Espinel, ao comandante do Exército brasileiro, general Edson Leal Pujol.

https://www.oantagonista.com/brasil/a-parceria-entre-guerrilheiros-de-esquerda-e-o-comando-vermelho/

Os guerrilheiros de esquerda e a parceria com o Comando Vermelho


Exército de Libertação Nacional, o maior grupo guerrilheiro armado da América Latina, tem parceria com a maior facção criminosa do Rio de Janeiro, o Comando Vermelho (CV), informa O Globo.

O objetivo entre eles, segundo o jornal, é de viabilizar o tráfico de drogas e fazer com que cocaína chegue a Manaus.

A informação foi transmitida pelo comandante do Exército colombiano, general Nicácio Martínez Espinel, ao comandante do Exército brasileiro, general Edson Leal Pujol.

https://gazetabrasil.com.br/brasil/os-guerrilheiros-de-esquerda-e-a-parceria-com-o-comando-vermelho/

Facção do Rio tem parceria com maior grupo guerrilheiro da América Latina para viabilizar tráfico




BRASÍLIA — O comando do Exército da Colômbia afirma que o maior grupo guerrilheiro armado em atuação na América Latina, o Exército de Libertação Nacional (ELN), tem parceria com a maior facção criminosa do Rio , com objetivo de viabilizar o tráfico de drogas e fazer com que cocaína chegue a Manaus. Além disso, integrantes do ELN têm “presenças esporádicas” no Brasil, com o propósito de controlar atividades ilícitas mantidas pelo grupo de extrema esquerda, segundo o Exército colombiano.

As acusações foram trazidas ao Brasil pelo comandante do Exército, general Nicácio Martínez Espinel , que esteve em Brasília nos últimos dias 8 e 9 de outubro. Ele se encontrou com o comandante do Exército brasileiro, general Edson Leal Pujol, que ofereceu um jantar ao colega de farda.

O GLOBO esteve com Martínez. Em entrevista ao jornal, ele confirmou o teor das acusações trazidas. O general colombiano não quis dizer se os relatos foram repassados ao comandante brasileiro. O Exército do Brasil se recusou a responder aos questionamentos da reportagem sobre os assuntos tratados entre os dois comandantes.

— O centro de gravidade dos grupos armados na Colômbia é o narcotráfico. O narcotráfico une esses grupos com outros grupos criminosos, como a facção no Brasil e alguns narcotraficantes mexicanos. Há pessoas que, em troca de armas e de dinheiro, levam ou trazem cocaína — disse à reportagem o comandante colombiano.

O ELN é um grupo armado de extrema esquerda, que recorre ao narcotráfico e à mineração ilegal para financiar suas atividades. Depois do acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, o ELN ocupou vácuos deixados pelas Farc, com forte presença na Venezuela.

O próprio acordo, porém, está sob risco, diante de mudanças de entendimento do governo de Juan Manuel Santos para o governo de Duque, além das fraturas dentro das próprias Farc — uma parte da guerrilha não aderiu à ideia de conversão em partido político e anunciou o retorno às armas, inclusive em parcerias com o ELN.

Uma reportagem publicada pelo GLOBO em 1º de setembro revelou detalhes sobre a atuação do ELN a 250 quilômetros da fronteira com o Brasil, no estado venezuelano de Bolívar, colado a Roraima. Guerrilheiros exploram e controlam a extração de ouro ilegal em cidades como Las Claritas, El Callao, Tumeremo e El Dorado. Parte desse ouro — ou dos dividendos a partir de um mercado negro do minério ainda na Venezuela — ingressa em Roraima e movimenta a economia local.

O Exército da Colômbia vai além e diz que está em curso uma parceria do ELN com a maior facção criminosa do Rio, que também tem forte atuação no Norte, com o controle de presídios da região. Até agosto deste ano, fontes da Polícia Federal (PF) relatavam que as investigações em curso e as operações já deflagradas não constataram relações entre traficantes brasileiros e integrantes da guerrilha.

Parceria no tráfico


Segundo o comando do Exército da Colômbia, o ELN tem parceria com a facção criminosa brasileira para transporte e venda de cocaína em Manaus. Os guerrilheiros estariam originalmente no estado colombiano do Amazonas, que faz fronteira com o estado brasileiro do Amazonas. O Exército afirma que a região onde eles estão é a de La Pedrera, próxima à fronteira com o Brasil.

Um outro grupo armado organizado, Los Caqueteños, utiliza no Brasil o Rio Solimões para dar vazão ao tráfico de cocaína, ainda conforme o comando militar colombiano. A área seria a da fronteira Leticia (Colômbia) — Tabatinga (Brasil). O grupo tem conexão com uma segunda facção criminosa brasileira, nascida na região Norte, segundo as autoridades colombianas.

Ainda conforme o Exército da Colômbia, o Brasil é destino de ouro ilegal extraído na fronteira. Ex-guerrilheiros do ELN teriam relatado ao Exército que facções criminosas brasileiras pagam em barras de ouro pela droga adquirida. A cocaína sai da Colômbia, entra na Venezuela e vai para Manaus, segundo o comando militar colombiano, que diz ainda que uma frente do ELN, a de Guerra Oriental, tem presenças “esporádicas” no Brasil. A criação de uma nova frente de guerra estaria em curso na área de fronteira entre Brasil e Colômbia.

— Eles usam a fronteira e sabem usar as leis quando lhes são convenientes. É fácil passar pela fronteira com o Brasil e com a Venezuela, de um lado a outro. Os rios permitem o envio de cocaína e maconha, com destino final até Europa, África — afirmou o general Martínez.

O comandante colombiano resumiu assim o encontro com o comandante do Exército do Brasil:

— Tenho uma grande amizade com general Pujol. Falamos sobre várias coisas importantes sobre a fronteira da Colômbia com o Brasil e alguns temas dos nossos Exércitos. E falamos de inteligência com seu Estado-Maior.

O Exército do Brasil se recusou a responder aos questionamentos do GLOBO sobre o que foi tratado no encontro entre os dois comandantes e sobre a importância que dá às acusações do general colombiano. O Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx) afirmou que a visita foi “protocolar”.




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