A conclusão geral a que cheguei e que, uma vez alcançada, tornou-se o princípio orientador dos meus estudos pode ser resumido da seguinte forma.
Na produção social de sua existência, os homens entram inevitavelmente em relações definidas, que são independentes de sua vontade, ou seja, relações de produção adequadas a uma determinada etapa do desenvolvimento de sua forças materiais de produção.
A totalidade dessas relações de produção constitui o conjunto das forças econômicas de produção, o verdadeiro fundamento da estrutura da sociedade, sobre o qual surge uma superestrutura jurídica e política e para a qual correspondem a formas definidas de consciência social.
O modo de produção da vida material condiciona a processo geral da vida social, política e intelectual.
Não é a consciência do homem que determina sua existência, mas sua existência social que determina sua consciência.
Em um determinado estágio de desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade entram em conflito com as relações existentes de produção ou -- isto apenas expressa a mesma coisa em termos legais -- com as relações de propriedade dentro cujo quadro eles têm operado até agora.
A partir de formas de desenvolvimento das forças produtivas essas relações a se tornarem seus grilhões.
Começa então uma era de revolução social.
As mudanças na base econômica leva mais cedo ou mais tarde à transformação de toda a imensa superestrutura.
Estudando tais transformações é sempre necessário distinguir entre a transformação material
das condições econômicas de produção, que podem ser determinadas com a precisão das ciências naturais, e as formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas - em suma, ideológicas, em que o homem toma consciência desse conflito e tenta combatê-lo.
Assim como não se julga um indivíduo pelo que ele pensa em si mesmo, por isso não se pode julgar tal período de transformação pela sua consciência, mas, ao contrário, essa consciência deve ser explicada a partir das contradições da vida material, a partir do conflito existente entre as forças sociais de produção e as relações de produção.
A humanidade assim, inevitavelmente, se estabelece apenas tarefas que consegue resolver, pois um exame mais atento sempre mostrará que o problema em si surge somente quando as condições materiais para sua solução já estiverem presentes ou, pelo menos, no decorrer de formação.
Em linhas gerais, os modos de produção asiáticos, antigos, feudais e modernos burgueses podem
ser designados como épocas marcantes para o progresso do desenvolvimento econômico da sociedade.
O modo burguês de produção é a última forma antagônica do processo social de produção -- antagônica não no sentido de antagonismo individual, mas de um antagonismo que emana da condições de existência social dos indivíduos --
Nota 37
Nota sobre o texto:
Mussolini repetiu a advertência de Kautsky: revolução em tão alarmante circunstância
só poderia produzir uma ditadura de um pequeno grupo de aventureiros, em detrimento da grande maioria dos trabalhadores e camponeses.
A conseqüência inevitável só poderia ser o conflito entre e entre as organizações "proletárias", cada uma em busca de vantagem em um ambiente totalmente desadequado aos resultados socialistas.
Engels havia previsto tal eventualidade em circunstâncias em que um "líder revolucionário" faria uma revolução nas condições econômicas primitivas.
A Guerra dos Camponeses na Alemanha
Karl Marx e Frederick Engels
https://www.marxists.org/archive/marx/works/1850/peasant-war-germany/ch06.htm
A pior coisa que pode acontecer a um líder de um partido extremo é ser obrigado a assumir um governo numa época em que o movimento ainda não está maduro para a dominação da classe que ele representa e para a realização das medidas que essa dominação implicaria.
O que ele pode fazer não depende da sua vontade, mas da agudeza do choque de interesses entre as várias classes, e do grau de desenvolvimento dos meios materiais de existência, das relações de produção e dos meios de comunicação em que se baseia sempre o choque de interesses das classes.
O que ele deve fazer, o que seu partido exige dele, mais uma vez não depende dele, nem do grau de desenvolvimento da luta de classes e de suas condições.
Ele está limitado às suas doutrinas e às exigências até então propostas que não emanam das inter-relações das classes sociais em um dado momento, ou do nível mais ou menos acidental das relações de produção e dos meios de comunicação, mas de sua visão mais ou menos penetrante do resultado geral do movimento social e político.
Assim, ele necessariamente se encontra em um dilema.
O que ele pode fazer está em contraste com todas as suas ações como até agora praticadas, com todos os seus princípios e com os interesses atuais do seu partido; o que ele deve fazer não pode ser alcançado. Em uma palavra, ele é obrigado a representar não seu partido ou sua classe, mas a classe para a qual as condições estão maduras para a dominação.
No interesse do próprio movimento, ele é obrigado a defender os interesses de uma classe estrangeira, e a alimentar sua própria classe com frases e promessas, com a afirmação de que os interesses dessa classe estrangeira são os seus próprios interesses.
Quem se coloca nesta posição embaraçosa, está irrevogavelmente perdido.
Temos visto exemplos disso em tempos recentes.
Basta lembrar a posição assumida no último governo provisório francês pelos representantes do proletariado, embora eles tenham representado apenas um nível muito baixo de desenvolvimento proletário.
Quem ainda pode esperar por posições oficiais depois de ter se familiarizado com as experiências do governo de fevereiro - para não falar dos nossos nobres governos provisórios alemães e das regências imperiais - ou é insensato além da medida, ou na melhor das hipóteses só presta um serviço labial ao partido revolucionário extremo.
Nota 38
OS HORRORES DO "BANDITISMO" LENINISTA
DENUNCIADO POR UM SOCIALISTA RUSSO NA REVISTA DE FILIPINO TURATI
Opera Omni: Volume 11
Página: 395
Na última edição da Crítica Social, o Honorável Claudio Treves afirma no encerramento de um de seus artigos que "o leninismo não se exorcizado com o florescimento da difamação organizada por agências não-oficiais". Ótimo. [Porém] na mesma edição, algumas páginas depois, há um documento que pertence ao tipo trágico.
É um artigo chamado "O Terror".
O autor não é burguês, não é correspondente de uma agência não-oficial, mas é um socialista revolucionário russo, colaborador até ontem do órgão oficial socialista, onde ele teceu [até algumas] exaltações da "Revolução Russa".
"O Crítico Social", escreveu:
"A cada dia a notícia fica mais terrível. Nessas condições, um Partido Socialista estaria faltando ao seu dever se se recusasse a se informar, no interesse de sobre o que é possível, e para informar seus amigos sobre o estado real das coisas.
Artificialmente fechar os olhos e ouvidos à verdade por medo de [que a verdade seja] do interesse da imprensa reacionária, ocultando para nós mesmos os rumores de protesto dos mais notórios e insuspeitos socialistas russos e recusando-se a ajudar - não fosse a publicidade honesta e cautelosa dos esforços que eles fazem para salvar o socialismo e seu país do despotismo anarquista, o que significaria a inevitável derrota da revolução - na Rússia, em todo o mundo civilizado - para o benefício da contra-revolução reacionária e militarista, nós nos tornaríamos cúmplices dessa mesma contra-revolução.
Então estamos colocando neste arquivo um primeiro artigo, todo documentado, que recebemos - já se passaram várias semanas - do Camarada Vassily Souckhomline (o Junior do jornal "Avanti"), fortemente fiel a revolução socialista, e que, enquanto morava em Milão, nós apreciamos pessoalmente a sua probidade intelectual absoluta, além de que singular equilíbrio de julgamentos
e clarividência política excepcional".
Nada acrescentamos a esta apresentação biográfica.
Há alguns meses atrás, nós tivemos acesso ao apelo contra os massacres organizados pelos leninistas, feito pelo Partido Operário socialista Russo que saiu n"O Crítico Social". Este apelo causou uma grande impressão mesmo entre as massas trabalhadoras.
Porém, o artigo de hoje do Junior é infinitamente mais sério. O que foi estabelecido na Rússia - através da traição e cumplicidade com os alemães - não é um regime socialista, é uma autocracia vermelha, que possui czares, arquiduques, oficiais, policiais, uma força como a de Nicolas II.
[Enquanto isso na] Itália os socialistas gritam "Viva Lenin!" e onde o seu congresso foi resolvido,
em todos os momentos, em uma glorificação do ditador sanguinário que rasga Moscou. [Por isso] devemos dar máxima circulação a escritos como este de Junior.
Atenção: nós entendemos que no momento da luta é preciso ir além dos limites da legalidade e até mesmo da humanidade. É triste, mas pode ser necessário.
No entanto, a violência deve ser a exceção, não o sistema de governo.
O que tem os socialistas acusam e repreendem no regime capitalista? De ser um regime baseado na "violência". E o que há de diferente no Leninismo?
Correto será dizer que o órgão do Partido Social-Bolchevique vai ignorar profundamente o artigo do Junior. A Igreja Socialista oficial não admite [críticas] aos seus ídolos, a sua verdade, aos seus fatos.
Todo o resto não existe.
Mas aqui tiramos a revista [da] clandestinade, [e pela] requisição do Júnior, a espalhamos entre o
vasto público da classe trabalhadora e não trabalhadora, porque é certo, é humano, e é claro que um regime como o de Lenin é execrável.
Nota 39
Mussolini argumentou que Lenin tinha reconstruído os tradicionais sistema político "burgueses" repousando o Estado na trindade "burocracia, militares e a polícia". O exército, acrescentou Mussolini, foi utilizado não só para proteger as fronteiras, mas também para a expansão territorial.
Mussolini, “Crepuscoli: I templi le gli idoli,” Opera Omni: Volume 14, p. 337.
CREPÚSCULO
TEMPLOS E ÍDOLOS
Logo após o velório da chamada Rússia bolchevique, quem na Itália ainda terá coragem de gritar "Viva Lenin"? Talvez nós; talvez apenas nós, que alegremente usamos o apelido de "reacionários", através do qual os autodenominados revolucionários negaram de forma congênita a revolução, iludindo-se para nos difamar. às vastas multidões do seu rebanho infectado.
O que você vê nos permite avaliar a partir de agora Nicola Uljanov Lenin como entre os maiores reacionários da Europa. Ele é o único que tem a coragem de ser reacionário no sentido antigo e no sentido moderno (ou seja, reação a todas as desintegrações econômicas, políticas, morais da vida social). A República dos Conselhos é um estado. Lênin é um governo ditatorial que se estabeleceu no terror mais sangrento. A camuflagem da ditadura proletária esconde, na realidade, a ditadura de alguns homens pertencentes a uma fração do antigo partido socialista russo.
Como todos os governos que foram, que são e que serão, na Rússia há uma constituição orgânica que repousa sobre este tripé: exército, polícia, burocracia. Uma burocracia para a administração. E a burocracia bolchevique tem proporções fantásticas.
O Bolchevique Monastireff escreveu "que a história do mundo ainda não conheceu instituições burocráticas com tantos funcionários como as existentes na União Soviética". Em Petrogrado, na seção de Educação Pública, são vinte e um mil funcionários e em Moscou, no Comitê Central de
a gestão de fábricas têxteis, mais de seis mil. Uma polícia para impor ordem dentro do seu território; um exército para manter a sua existência e para a expansão territorial.
Todas as notícias que chegaram nas últimas semanas da Rússia - autênticas, porque não negadas pelos bolcheviques do Ocidente; autênticas, sobretudo, porque foram tiradas dos quatro jornais Sovieticos, os únicos cheios de mofo em todo o território russo - são tais que congelaram a espinha de muitos dos seus entusiastas.
Os anarquistas já levantaram o alerta anti-Bolshevique. Luigi Bertoni, no Réveil, que é, a propósito, o mais antigo semanário um anarquista da Europa, denuncia, em termos violentos, o truque da ditadura proletária, que supostamente deveria ser "provisória" e, em vez disso, está se tornando definitiva. Isso mesmo, exclama Bertoni; nada é mais definitivo do que o temporário! Essa oposição dos anarquistas tem seu valor, do ponto de vista individual, mas não terá muito efeito imediato ao estado de espírito das massas.
[Os socialistas] não acreditam nas notícias que 189 trabalhadores das oficinas de Putiloff foram fuzilados; eles não acreditam que aconteceu a abolição das oito horas de trabalho; ou que houve introdução de trabalho forçado como punição; eles não acreditam na transformação do exército de guerra em um exército de trabalho forçado;
Então tiramos de seu próprio Gospel os documentos que comprovam a rápida e frenética involução do bolchevismo rumo ao capitalismo.
Esta é a entrevista de Krassin, transmitida por rádio pelo congressista Lansbury ao Daily Herald. A certa altura, Krassin diz:
Pode ser possível deixar uma parte considerável de território para a exploração comercial dos capitalistas estrangeiros."
O que é que isso significa? É claro que o capitalismo estrangeiro, porque capitalismo e porque estrangeiro, não se adaptará ao regime soviético.
Para isso, o regime soviético deve "reverter "; deve cancelar a máscara comunista, deve abolir este regime econômico e tudo o que possa lisonjear o impulso produtivo do neo-capitalismo.
Este decreto não precisa de glosas ilustrativas. É um golpe mortal para a constituição comunista das fábricas, é um retorno às hierarquias e à disciplina da fábrica capitalista.
Aqueles que vêem em Lenin uma espécie de Messias que trouxe uma espécie de paraíso na terra, não demorarão em acusá-lo de ser um vendido ou um renegado. Lenin não implantou o socialismo na economia, e muito menos na política. Ele não podia. Mas pode dizer-se que Lenin agiu de certa forma seguindo a linha do marxismo mais ortodoxo.
No "Manifesto Comunista", o profeta de Trier proclama:
Os comunistas estão com a burguesia contra os feudalistas burguês
Esta divisão de divisões e funções pode nos dar a medida do trabalho de Lenin. Ele não "fez" o socialismo, mas derrubou todas as incrustações parasitárias da vida russa, que impediram o desenvolvimento do capitalismo, do qual só o Socialismo pode nascer, desenvolver-se e herdar... em poucos séculos...
Lenin criou as condições necessário e suficiente para que a Rússia se torne um dos países
mais "capitalista" do mundo. Lenin arrancou o feudalismo das suas raízes e agora convoca os capitalistas para reunir, reorganizar, despertar, multiplicar a vida da Rússia que tem infinitas possibilidades.
Parte citada por Mussolini do "Manifesto Comunista":
40. See Mussolini’s comments in “La politica nazionale: Primo squilo,” Oo, 12, pp.
222–223, and “Posizione,” together with “Triplice condanna,” Oo, 13, pp. 29, 77–79.
41. Mussolini, “Divagazione: Contro la bestia ritornante . . .” Oo, 12, pp. 231–
232.
42. Mussolini, “Un altro passo,” Oo, 12, pp. 229–230.
43. All these themes had been bruited by syndicalists and their sympathizers be-
fore and early in the course of the Great War. See the discussion in Roberto Michels,
L’imperialismo italiano (Milan: Societa Editrice Libraria, 1914), and Corridoni, Sin-
dacalismo e repubblica.
44. Mussolini, “Nel mondo sindacale Italiano: Rettifiche di tiro,” Oo, 12, pp.
250–251.
45. The following provides a summary of Mussolini’s presentation in the hall
of the Industrial and Commercial Alliance at the meeting at 9 Piazza San Sepolcro,
Milan, in the morning of 23 March 1919. Mussolini, “Atto di nascita del fascismo,”
Oo, 12, pp. 321–327.
46. See, for example, Mussolini, “Ideali e affari,” Oo, 13, p. 72. There was a regu-
lar repetition of the twin themes, the nation and production, in Mussolini writings
and discourses. See Mussolini, “Il fascismo e le agitazioni operaei,” and “Sindacal-
ismo francese: Una dichiarazione-programma,” Oo, 14, pp. 245, 286.
47. Mussolini spelled out the relationship in a number of places. In one place
he cataloged the elements: “There can be no greatness for the nation . . . without
the development of production . . . and [that cannot be forthcoming] without the
nation securing its place in the world.” Mussolini, “Le minoranze sindacali in Italia:
Dall’episodio alla situazione generale,” Oo, 14, p. 329.
48. Mussolini spoke of Italians suffering a “precapitalist mentality” in a world of
intense economic and political competition. He spoke of the nation’s economy as a
vassal to that of foreigners. He insisted that the Italy of tour guides and mandolin
players was a thing of the past, and that “production” was to be the imperative guid-
ing Italy’s “marvelous rebirth.” “Production, production, production” was the im-
mediate necessity. “Producers” were to be the normative models for the new Italy.
Mussolini, “Orientamenti e problemi,” Oo, 11, pp. 282–284.
49. As has been indicated, Mussolini had long so understood the dynamics of
mass movements. For a typical treatment, see Mussolini, “La data,” Oo, 11, p. 370.
50. The explicit argument with which Mussolini, as a revolutionary socialist and
syndicalist, was familiar, was that of Roberto Michels, Zur Soziologie des Parteiwesens
of 1911, which appeared in an Italian edition as Sociologia del partito politico nella
democrazia moderna in 1912. The central argument, common to all the antiparlia-
mentaristic sentiments of the radicals, was that all organizations have “oligarchic
tendencies,” and the suggestion that parliamentary democracy might be an excep-
tion was seen as a fiction. Parliamentary democracy was the “charter myth” of bour-
geois oligarchic rule. Mussolini was familiar with Michels’s works as early as 1909.
See Roberto Michels, Political Parties (New York: Dover, 1959). Before the Great
War, Mussolini spoke of “parliamentary cretinism,” as conducive to “fraud” and
deception, created to corrupt and be corrupted—governed by those possessed of
Notes to Chapter Eleven
371
wealth and titles. See Mussolini, “La fattucciera,” “Il primo congresso dei ‘destri,’”
Oo, 5, pp. 8–9, 25.
51. The “maximization of production” was a constant theme during the first
months of organization for the fasci. See, for example, Mussolini, “Orientamenti e
problemi,” Oo, 11, pp. 282–28, “Nel mondo sindacale Italiano: Rettifiche di tiro,” Oo,
12, pp. 249–251. The indifference to specific tactics for those that actually worked
was a recurrent theme. Mussolini, “Le minoranze sindacali in Italia: Dall’episodio
alla situazione generale,” Oo, 14, p. 329.
52. Marxism, in general, held government in “bourgeois” circumstances to be
little other than a committee that served the interests of property. Engels clearly
dismissed the representative democracy of the United States of the period as of-
fering nothing other than opportunities for “politicians” to form “a separate and
powerful section of the nation” to control the proletariat. See Engels, Introduction
to “The Civil War in France,” in Marx and Engels, Selected Works (Moscow: Foreign
Languages Publishing House, 1955), 1, p. 483. See Lenin’s comments on Engels’s
view of the “modern representative state” as an “instrument of exploitation of wage-
labor by capital.” Lenin, “The Proletarian Revolution and the Renegade Kautsky,”
Collected Works (Moscow: Progress Publishers, 1965), 28, p. 243. Lenin insisted that
elections could only serve as indicators of public sentiment and that only the “au-
thority of the armed people,” rather than the exercise of suffrage, could determine
society’s future. Ibid., p. 255.
53. Mussolini, “Dopo quattro anni,” Oo, 11, pp. 54–55. See “La vittoria fatale,”
Oo, 11, pp. 86–87.
54. Mussolini spoke candidly of what “socialism” might be understood to be.
He insisted that so much of what had been socialism had been transformed by
events, that it was impossible to pretend that “socialism” had a single significance.
Whatever socialism was to be after the conclusion of the Great War, it would have
to address contemporary problems rather than pretend that it might simply remain
“loyal” to dogmas half-a-hundred years old. See Mussolini “Divagazione,” Oo, 11,
pp. 270–272.
55. See the discussion in Mussolini, “Dopo il congresso sindacale: Orientamen-
ti,” Oo, 11, p. 118.
56. See the entire discussion in Sergio Panunzio, Sindacalismo e medioevo (Po-
litica contemporanea) (Naples: Partenopea, 1911), where the objections are raised
against the suppression of workers’ “autonomy” under the “leaden weight of the
political state.” See ibid., pp. 7–11, 18, 34–37, 41–43. At that time, Panunzio held that
“syndicalism prepares, with the sovereignty of syndicates, for the destruction of the
unity of the state and the advent of particularistic and autonomous economic, political
and social regime comparable to the communes of medieval times.” Ibid., p. 57.
57. Panfilo Gentile, “Stato e sindacato,” Utopia, 2, nos. 9–10 (July 1914), pp.
273–277.
58. These are issues raised early by Panunzio in his discussion concerning the
role of law in any future syndicalist state. In 1912, about the same time that Gentile
wrote his piece for Utopia, Panunzio published his Il diritto e l’autorità: Contributo
alla concezione filosofica del diritto (Turin: U.T.E.T., 1912), in which he argued for the
possibilty of the persistence of law and authority without the existence of a state.
Notes to Chapter Eleven
372
59. Mussolini, “Studi socialisti: Tentativi di revisionismo,” Oo, 5, pp. 203–207.
60. Ibid., p. 206. The general index of persons named in the Opera omnia, vol-
ume 36 (see p. 85), does not cite Giovanni Gentile’s name on the indicated page, but
that is clearly an oversight. Mussolini is unmistakably referring to Giovanni Gentile
as the “other Gentile” that served as a “guide” to Panfilo Gentile.
61. Years later, in his discussion with Yvon De Begnac, Mussolini said that by
1908 he had already opposed himself to the representative system of democracy—
under the influence of Giovanni Gentile, among others. Yvon De Begnac, Palazzo
Venezia: Storia di un regime (Rome: La Rocca, 1950), p. 133.
62. See Giovanni Gentile, “Una critica del materialismo storico,” in La filosofia di
Marx: Studi critici, appendix to I fondamenti della filosofia del diritto (Florence: G. C.
Sansoni, 1955), pp. 143–196.
63. An English version of the 1899 edition of Benedetto Croce, Historical Mate-
rialism and the Economics of Karl Marx (New York: Macmillan, 1914) is available.
64. In his discussion, Mussolini refers to the criticisms of both Croce and Sorel.
Both had argued against the strict determinist interpretation of Marxism—and
both sought to provide a defensible ethical rationale for socialism. See in that re-
gard, Georges Sorel, “La necessità e il fatalismo nel marxismo,” Saggi di critica del
marxismo (Milan: Remo Sandron, 1903), pp. 59–94.
65. Giovanni Gentile, L’atto del pensare come atto puro (Florence: G. C. Sansoni,
1937; reprint of the 1912 edition).
66. See Gentile’s discussion of his “method of immanence” in Giovanni Gen-
tile, La riforma della dialettica hegeliana (Florence: G. C. Sansoni, 1954; a third,
modified edition of that published in 1913), chap. 8.
67. An excellent exposition of Gentile’s social and political thought available in
English is H. S. Harris, The Social Philosophy of Giovanni Gentile (Urbana: Univer-
sity of Illinois Press, 1960). An English exposition of his technical philosophy can
be found in Roger W. Holmes, The Idealism of Giovanni Gentile (New York: The
Macmillan Company, 1937). I have provided a brief, summary account of Gentile’s
actualism in Gregor, The Ideology of Fascism, chap. 5 and Giovanni Gentile: Philosopher
of Fascism (New Brunswick: Transaction Publishers, 2004), chap. 3.
68. So seriously, as has been indicated, that V. I. Lenin recommended Gentile’s
work on Marx to his audiences.
69. See Gentile’s discussion in “La filosofia della prassi,” in I fondamenti della
filosofia del diritto, particularly pp. 226–230.
70. The “immanence” of society in the individual is at the core of actualism’s
epistemology and politics. The argument appears early in his writings and runs
throughout his works, in his pedagogical, religious, and technical writings. For an
insight into how his method of immanence operates in the political domain, sum-
mary treatment is found in his last work, Genesis and Structure of Society (Urbana:
University of Illinois Press, 1960), conveniently available in English translation. An
early expression of the impact of his doctrine of immanence on his political thought
can be found in English translation in Gentile, “The Reform of Education,” in Ori-
gins and Doctrine of Fascism (New Brunswick: Transaction Press, 2002).
71. Mario Missiroli, an actualist of sorts, argued in the pages of Mussolini’s Uto-
pia that “the state and the citizen are one thing. . . . The error of democracy arises in
Notes to Chapter Eleven
373
maintaining that liberty consists in the slackening of the ties between the state and
the individual; actually these ties should be eliminated by having each citizen feel
himself the state, entirely the state.” Mario Missiroli, “L’Italia e la Triplice,” Utopia, 2,
11–12 (15 August–1 September 1914), p. 348.
72. That was the “anti-intellectualism” that characterized actualism. It was the
epistemological objection to the disposition of intellectuals to conceive human ex-
perience as composed of thinking individuals being confronted with an unthinking
and opaque “external” reality. Subsequent discussants interpreted Gentilean anti-
intellectualism to mean an opposition to reason and reasoning—a totally objection-
able interpretation. See the more elaborate discussion in Gregor, The Ideology of
Fascism, pp. 120–127, 205–238; and Mussolini’s Intellectuals: Fascist Social and Political
Thought (Princeton: Princeton University Press, 2005), pp. 92–98.
73. Gentile provided a didactic treatment of his notions of immanence and the
ultimate reality of multiplicities in unity in his Introduzione alla filosofia (Rome:
Treves-Treccani-Tumminelli, 1931), chaps. 1 and 2. Recognizing that his account was
written in 1931, the discussion on the nature of the state and its relationship to
subject individuals is instructive. See particularly p. 16. The notion of the “ethical
state,” the precondition for the moral “new man” of Fascism is found in its essential
entirety in Gentile, Discorsi di religione (Florence: G. C. Sansoni, 1955; third edition
of the edition of 1920), pp. 20–23.
74. As early as 1920, Gentile included labor, as a creative expression of human
kind, in the very making of humanity. See Gentile, Discorsi di religione, p. 26. The
theme persisted throughout Gentile’s intellectual life and appears in his last work as
“the humanism of labor.” See Gentile, Genesis and Structure of Society, pp. 171–172.
75. See, for example, Giovanni Gentile, “La riforma della scuola media,” Rivista
d’Italia (January) 1906, pp. 1–31.
76. As has been indicated, these ideas were known to, and favored by, Giuseppe
Prezzolini and the Vociani, thinkers and thought that had documented influence on
the political convictions of Mussolini. By the end of the Great War, Sergio Panunzio
was employing Gentilean ideas in his exposition of revolutionary thought. See the
discussion on Panunzio in Gregor, Mussolini’s Intellectuals.
77. They included G. Lombardo-Radice and Mario Missiroli with whose writ-
ings Mussolini was very familiar. Both were Gentileans.
78. See the entire discussion in Gentile, “Le due democrazie,” Dopo la vittoria:
Nuovi frammenti politici (Rome: La voce, 1920), pp. 107–113. See the discussion con-
cerning the relationship of syndicates to the state in “Stati e categorie,” ibid., pp. 95–
100. At the time, Gentile spoke of the state as being not inter homines, but in interiore
homine, as a reality which “abstract individuals” intrinsically share. See “L’idea mo-
narchica,” ibid., p. 154. Years later, in the “Fundamental Ideas” of the official Dottrina
del fascismo, these thoughts are given expression in the following fashion: “Fascism
reaffirms the state as the true reality of the individual. . . . [Fascism] is the most ex-
plicit form of democracy if the people are conceived, as they should be, qualitatively
rather than quantitatively.” Mussolini, Dottrina del fascismo, Oo, 34, p. 120.
79. Such notions are found throughout Gentile’s early writings and they are
explicit in his writings at the time of the Great War. See the discussion in Dopo la
vittoria, where he states that political leaders have “historic significance” insofar as
Notes to Chapter Eleven
374
they speak for an entire people. Such a leader has a “personality” that represents the
will of a people, and acts effectively only insofar as he acts as they would have him
act. “The will of he who governs is the same will as that of the people.” See Gentile,
“Il significato della vittoria,” Dopo la vittoria, pp. 5–6, 8.
80. When the Dottrina del fascismo appeared, that was expressed in the follow-
ing fashion: “The human being is not an individual separated from all the others
to stand alone. The human being of Fascism is an individual who is nation and
fatherland, a moral law that unites individuals and generations in a tradition and
in a mission, that transcends the instinct of a closed and transient life of pleasure
to awake a commitment to a superior life free of the limitations of space and time.”
Mussolini, Dottrina del fascismo, Oo, 34, p. 117.
81. Mussolini, “Per rinacere e progredire: Italia marinara, avanti,” Oo, 14, pp.
203–206.
82. Mussolini spoke of Italy’s lack of industrial minerals, of its lack of iron, coal,
and oil—all of which contributed to the nation’s lack of competitiveness on the
world scene. Mussolini, “Il nostro dovere e quello di liberarci dal giogo della plu-
tocrazia internazionale,” Oo, 14, pp. 222–224.
83. Mussolini, “Ideale e affari,” “L’Adriatico e il Mediterraneo,” “Che possiede,
paghi!” “Cifre da meditare,” Oo, 13, pp. 72, 142–143, 224, 284.
84. Strikes cost the national economy 18.9 million man days of labor in 1919
and 16.4 million man days in 1920. See Gianni Toniolo, L’economia dell’Italia fascista
(Rome: Laterza, 1980), pp. 33–34.
85. Mussolini, “Discorso di Dalmine,” Oo, 12, 314–316.
86. See Mussolini, “Corso al disastro,” “In tema ferroviario: La nostra tesi,” “Lo
sciopero e un enorme delitto contro la nazione!” Oo, 14, pp. 169–170, 242–243, 260,
and particularly, “Ripresa scioperista,” Oo, 18, pp. 195–197.
87. At about the same time, Roberto Michels, who had written on Italy’s in-
ability to support its own population as one of the motives of its struggle against
the Turkish caliphate, continued to write extensively on the processes involved in
the economic and industrial development of less developed nations. See Roberto
Michels, Lavoro e razza (Milan: Vallardi, 1924). Mussolini, as has been indicated,
was familiar with the work of Michels as early as 1909.
88. Corridoni, Sindacalismo e repubblica, pp. 55–101.
89. See the discussion in Massimo Rocca, “Un neoliberalismo?” Risorgimento
(September 1921), reprinted in Il primo fascismo (Rome: Volpe, 1964), pp. 45–54. In
a protracted debate within the Fascist Party itself, Rocca made the case that many
syndicalists, including Filippo Corridoni, Paolo Orano, A. O. Olivetti, and Sergio
Panunzio, had contributed substantially to Fascist thought. See Rocca, “Le fonti
spirituali del fascismo,” L’Epoca (10 May 1924), in Il primo fascismo, pp. 136–137.
90. See the entire discussion in A. O. Olivetti, “Da Gian Giacomo Rousseau
alla Carta del Carnaro,” Pagine libere, 2 November 1922, reprinted in Battaglie sin-
dacaliste: Dal sindacalismo al fascismo, a manuscript copy of a collection of essays
by Olivetti, made available by his daughter. To be made available to the University
Library of the University of California, Berkeley.
91. Among some of the major syndicalists, like Panunzio, the state finally was
recognized as the ultimate arbiter of law.
Notes to Chapter Eleven
375
92. “Programma del PNF (1921),” in Renzo De Felice, Mussolini il fascista: La
conquista del potere 1921–1925 (Turin: Einaudi, 1966), p. 756.
93. Ibid., pp. 756–760.
94. The following account follows that of Mussolini, “L’Azione e la dottrina
fascista alle necessità storiche della nazione,” Oo, 18, pp. 411–421.
95. Ibid., pp. 412–413, 419.
96. See Alberto De’ Stefani, La restaurazione finanziaria: I risultati ‘impossibili’
della parsimonia (Rome: Volpe, 1978) and Una riforma al rogo (Rome: Volpe, 1963).
97. In June 1922, months before the March on Rome, Mussolini outlined the
characteristics of “Fascist syndicalism.” It would be a syndicalism that was compat-
ible with the most fundamental interests of the nation: the maintenance and expan-
sion of production. See Mussolini, “Fascismo e sindacalismo,” Oo, 18, pp. 225–227.
98. Sergio Panunzio, “Lo stato nazionale,” in Che cos’è il fascismo (Milan: Alpes,
1924), pp. 14–15, and Stato nazionale e sindacati (Milan: “Imperia,” 1924), particu-
larly pp. 7–11, 31–42, 72–75, 94. Already in March 1922, Panunzio spoke of a “strong,
powerful, and disciplined state.” Ibid., p. 108. In May 1923, he advocated the con-
struction of a state that was nothing less than “a most powerful Leviathan, a state
with powerful judicial capabilities enhanced by an ‘economic magistrature’ . . . to-
gether with a strong military.” Ibid., p. 107. Because of the increasing commitment
to the dominance of the state, the anarchist intellectuals that had collected around
Fascism, removed themselves. Anarchists of the intellectual quality of Ettore Bar-
tolozzi, Virgilio Galbiati and Edoardo Malusardi, withdrew from the Partito nazio-
nale fascista.
99. Mussolini, “Discorso di 3 gennaio,” Oo, 21, pp. 235–241.
100. Mussolini, “Sulla situazione interna,” “58a Riunione del Gran Consiglio
del Fascismo,” Oo, 21, pp. 248, 250–251. In April, he spoke of the imperative need to
develop the industrial economy of Italy in order that its armed forces be prepared
for war. See the ample discussion in Mussolini, “Per la riforma dell’esercito,” ibid.,
pp. 270–279.
101. Mussolini, “Il trattato di commercio con la Russia,” Oo, 21, p. 340.
102. Mussolini, “Nulla deve essere al disopra dello stato,” Oo, 21, pp. 324–336.
103. Mussolini, “Intransigenza assoluta,” Oo, 21, pp. 357–364.